Ao que parece este vai ser o equipamento principal e alternativo do Benfica na próxima época. Parece que já chocou muita gente a opção cromática do "cô-de-rusinha". Vozes que não percebem nada de moda, das novas tendências do homo masculus moderno. Qual camisa aberta até ao umbigo com fiozinho de ouro à vista e peito à Toni Ramos! Qual peuguinha branca com raquete e calças de fato de treino! Adeus pilosidades por baixo do nariz e unhaca no mindinho! Ponham os olhos nos homenzarrões do futebol! O que está a dar é ser metrosexual. É tudo uma questão de coerência: fashion fora e dentro do campo! E se estão pouco convencidos o RAP da-vos uma ajuda:
Em consequência do tema lançado no Insomnia sobre publicidade institucional ocorreu-me este anuncio e felizmente encontrei-o. Quem dera que não tivesse havido necessidade de o pensar...
Esta é uma série com a qualidade BBC e Discovery Channel, produzida por Alastair Fothergill e narrada pelo nosso conhecidíssmo David Attenborough (aquele que o Herman interpretava escondido atrás de umas plantas de plástico...). Nos Estados Unidos a narração ficou a cabo de Sigourny Weaver.
O que tem de especial? De facto, isto não é mais um conjunto de episódios sobre animaizinhos em áreas protegidas ou zoos, exibidos aos Domingos de manhã. É um olhar definitivo sobre a diversidade do nosso planeta. Além do mais, as novas tecnologias permitem agora o que nunca havia sido possível antes: as imagens obtidas em alta definição mostram lugares inóspitos e momentos únicos quem nem o olho humano poderia percepcionar. Esta série foi nomeada para o Pioneer Audience Award para o Melhor Programa, nos prémios de BAFTA TV awards em 2007.
Cada episódio cobre áreas distintas do planeta, onde reinam fauna e flora peculiares. São cerca de 58 minutos de rara beleza que nos fazem pensar o quanto pequeninos somos... em tamanho e em... espírito. Cada dia assassinamos um pouco mais o lugar em que vivemos e talvez sejam séries como estas que nos sensibilizem de vez a ser, pelo menos, um pouco melhores "inquilinos". Acredito que isoladamente não podemos muito, mas todos juntos talvez possamos adiar a inexorável precipitação dos acontecimentos. A verdadeira mudança está na cultura, na mentalidade da sociedade, nos seus governantes, nas suas escolhas. Nos apoios à pesquisa em energias renováveis, ao invés de se investir em turismo espacial ou, para divertimento das massas, em provas automobilísticas - dois pequenos exemplos que considero de dispêndio completamente desnecessário de energias fósseis e que constituem grandes fontes de poluição atmosférica e terrestre. Mas voltemos à serie.
São um total de 11 episódios. O primeiro dá-nos uma visão geral dos episódios e os restantes 10 centram-se em temas específicos, como já havia dito. A duração das filmagens foi pouco mais de quatro anos, em 62 países e 204 localizações diferentes. O orçamento foi de "apenas" 40 milhões de dólares. O resultado foi este:
1. "From Pole to Pole"- a jornada que melhor evidencia as mudanças climatéricas no globo e as suas consequências para as diferentes espécies.
2. "Mountains" - essencialmente feito com filmagens aéreas dá-nos a visão de áreas do globo e suas espécies raramente vistas. Por exemplo, as filmagens de minutos do "leopardo das neves" demoraram quase um ano a conseguir.
3. "Fresh Water" - procura uma visão sobre os percursos feitos pelos rios e as espécies que deles dependem directa ou indirectamente. De toda a água existente no planeta apenas 3% é doce....
4. "Caves" - a Terra vista apartir do seu interior: a fronteira final. Por exemplo, para a exploração da recém descoberta Lechuguilla Cave, na Venezuela, a equipa demorou 2 anos a obter autorização e duvida-se que as autoridades do país venham a permitir outras.
5. "Deserts" - um terço da terra são desertos, sejam eles quentes, rondando os +50º ou frios, perto dos - 40º. Também as espécies tiveram de se adaptar a estas condições. Por exemplo, um raro camelo asiático é capaz de comer neve para manter a sua hidratação constante.
6. "Ice Worlds" - um olhar sobre o Ártico e o Antártico. O degelo cada vez mais intenso é uma ameaça para as espécies autóctones que deles dependem e um ecossistema inteiro está ameaçado. O urso polar pode ficar condenado a nadar para sempre...
7. "Great Plains" - as grandes planícies da savana, as pradarias, as estepes... lugares que albergam animais peculiares: os maiores e os menores do planeta.
8. "Jungles" - as selvas e as florestas tropicais ocupam apenas 3% do planeta, mas são a morada de metade das espécies animais. Uma mudança, por mais pequena que seja, significa o fim de todo um ecossistema. Só na Nova Guné habitam mais de 40 espécies de pássaros-paraíso, que vivem em territórios bem demarcados, em diferentes partes da ilha, evitando assim confrontos entre si.
9. "Shallow Seas" - os oceanos "rasos", apesar de constiturem apenas 8% do total do volume dos oceanos, são o território de quase toda a vida marinha. E encontros quase mortais entre a equipa de filmagens e tubarões brancos são inevitáveis...
10. "Seasonal Forests" - as mais extensas florestas do mundo e contêm um terço da reserva total de árvores do planeta. São os seres vivos mais antigos e mais altos de toda a Terra.
11. "Ocean Deep" - o último episódio dedica-se à zona mais inexplorada do planeta. Os oceanos profundos são a morada de alguns dos maiores animais existentes, tal como a baleia azul. Dos 300,000 espécimes de outrora, restam apenas 3%.
Espero ansiosamente que esta série chegue a Portugal. Pelos menos em DVD, já que é difícil, com a quantidade de novelas que as TV's passam, arranjarem tempo de antena para este serviço público. Pelas minhas pesquisas o livro já se econtra disponível em Portugal por pouco mais de 30 euros. Para quem não pode esperar, sempre pode ver algumas imagens dos trailers:
Mar sonoro Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim. A tua beleza aumenta quando estamos sós E tão fundo intimamente a tua voz Segue o mais secreto bailar do meu sonho. Que momentos há em que eu suponho Seres um milagre criado só para mim.
Ph. Mais uma das minhas fotos. Esta foi a 1 de Fevereiro na Praia Nova.
É público. Estou dependente, agarrada, viciada e os demais sinónimos que vos ocorrerem, pois neste momento estou a atravessar tal seca (literal e metafóricamente falando) que já se me escaceia o vocabulário. O meu drama resume-se a: QUERO IR SURFAAAAR! Isto do Verão "é muito giro, o calor e tal, a praia e os homens bronzeados", mas ondas 'tá quieto. E para melhorar a coisa, nem ondas, nem calor! Ainda ontem comentava que nunca tinha pensado em vir a ter uma dependência física deste desporto... e logo de um desporto! Sempre gostei de me exercitar e apsar de não primar pelas medidas certas, parece que isso nunca foi obstáculo nas aulas de educação física, visto que os resultados não eram nada maus. O caso tornou-se grave a partir do momento em que me deitei em cima duma prancha. Daqui a nada estou a tremer e a ter dores nos músculos. Que estou eu a fazer então? Estou confinada à leitura da Rétorica de Aristóteles e as suas provas técnicas demosntrativas de um discurso persuasivo, para posteriormente vir a ter um olhar crítico sobre as técnicas argumentativas presentes no discurso jornalístico. Realmente é parecido. É o mesmo tipo de sensação que se tem quando se cai do lip de uma onda e naqueles centésimos de segundo pensamos - "isto vai doer". O pior é que tenho a certeza que doía muito menos se entretanto eu já tivesse arejado as ideias, caindo de uns quantos lips, por exemplo. Eu já só pedia isso até! Mas agora a única hipótese de eu ser centrifugada e vir parar a areia, era a de me tornar emigrante na Austrália ou coisa parecida. É impressionante como, ao fazer um coisa tão física, passamos a ter disponibilidade mental para outra, que requer tanto ou mais esforço da nossa parte. E o que mais me custa, é que ambas me dão muito prazer e nesta tarde não estou a conseguir fazer nenhuma delas. Quem diria que uma tese pode ser tão dependente do estado do swell?! Aposto que o Aristóteles tinha mesmo escrito a prometida Comédia se apanhasse umas ondas. De certeza que ficou sem ideias depois da Poética.
Apresento-vos o Luís Filipe Vieira. Eu sei que as semelhanças são tantas como o Bush e um dicionário de inglês, mas não me culpem, porque a responsabilidade do baptismo não é minha. Acontece que este afável espécimen veio coabitar na minha cozinha com o Pinto da Costa. Ainda mais confusos? É natural. O Pinto da Costa é um periquito que teve a infelicidade de nascer completamente... azul e branco. Além do mais, é o animal mais ruidoso e chato com que já privei. Bom, talvez a par do meu gato Kinas (sim, o da mascote do Euro2004) mas esse agora não é para aqui chamado. Estava eu a explicar como é que um animal tão pequeno faz assim tanto barulho? Note-se, barulho suficiente para não deixar ninguém dormir apartir do raiar do dia. Garanto-vos que faz porque o Pinto da Costa não é periquito normal, não senhor. Deve ter qualquer coisa de morcão dentro de si e aposto que se traduzisse aqueles piados todos para língua de gente, não havia palavras a sobrar no dicionário de calão. Pois um Pinto da Costa a morar em casa de benfiquistas à beira do Estádio da Luz era coisa que não nos deixava dormir de noite. Ainda pensámos em trazer uma Carolina Salgado para equilibrar a coisa, mas não encontrámos à venda chaputas para enfiar no aquário. Pois bem, hoje o meu pai apareceu com o Luís Filipe Viera em... penas. E garanto-lhes que foi amor à primeira vista. Definitivamente, agora é que nunca mais vou dormir de manhã. É só "mimos" entre os dois.
E às quatro e tal da manhã descansou. E ela viu que era bom. Isto podia vir no livro mais lido em todo o mundo, mas não, vem no blogue candidato a ser o mais lido em todo o mundo. Tenho fé. Depois da tarefa hercúlea que foi a de meter este estaminé com um aspecto mais digno, bem que podia passar a ter uma legião de fans a visitar-me. Afinal não sou apenas um "rato de biblioteca", sou uma séria candidata a "trol" de informática, daqueles que ficam com o feitio da cadeira no rabo, usam lentes "copo 3" e a única coisa que têm para comer, ao lado do monitor claro, é um resto de piza bolorenta. Mas como disse sou apenas uma séria candidata. Não demorei assim tanto tempo. Não fossem os verdadeiros "trols" informáticos do SapoBlogs a deixarem-me a papinha toda feita, prontinha a receber as coisas certas para os sítios certos. Raios. Vou ter agora de esolher outro fito de vida. You bastards!
Mar I De todos os cantos do mundo Amo com um amor mais forte e mais profundo Aquela praia extasiada e nua, Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
II Cheiro a terra as árvores e o vento Que a Primavera enche de perfumes Mas neles só quero e só procuro A selvagem exalação das ondas Subindo para os astros como um grito puro.
Gostava de ser eu mas não sou... Quem sabe um dia! =)
E eu que já me tinha esquecido das vantagens de ter um blogue! Estava eu nesta tarde urbana ("bucólica" também ficava bonito, mas não se aplica pois espreito pela janela e só vejo uma diarreia arquitectónica à minha frente) a preparar-me para ir ler "A Morte", by Schopenhauer, em Dores do Mundo e eis que sou salva pelas maravilhas do ciberespaço. Acho que a minha única leitora merece que eu faça um interregno nos meus estudos e me dedique a escrever um post catita. Ora bem, perguntam os meus fans porque razão me tornei surfista. Talvez para não vir a cometer sucídio, depois de tantas leituras que tenho feito sobre este tema tão iluminado que é o da Morte. Porque isto de fazer uma tese sobre funerais e mas media não é tão divertido como se pode pensar à partida. Supresos 'né? É claro que estou a exagerar um pouco, mas o exagero tem algum fundo de verdade. Há alturas em que me apetece desancar em tudo e todos e só uma boa surfada me faz regressar ao ser "doce e gentil" que afinal sou [risos]. Já dizia aquela música "Only a surfer knows de feeling". Pois bem, podia ser Homero encarnado (ou incarnado?!) que não seria capaz de descrever em toda a plenitude a sensação de estar no mar, fazer parte dele. Esta comunhão é algo de transcendente, impossível de relatar, quase divina de mais para um humano sentir. A minha querida Sophia de Mello Breyner consegue colocar em palavras muito daquilo que em sinto quando corto uma onda, quando vejo um pôr-do-sol no meio do mar, sinto um cardume de peixes mesmo ao meu lado ou o piar das gaivotas e andorinhas do mar. Fecho os olhos, inspiro e sou feliz. Há uma estranha adrenalina a percorrer o corpo, um cansaço que nos deixa leve, a alma que flutua, um sorriso inconsciente espraiado na boca. O porquê de me tornar surfista, ou bodyboarder para ser mais precisa, foi exactamente a curiosidade de experimentar estas sensações. É como quem experimenta um charro porque vê nos outros o quão parece bom "estar charrado". Garanto que é igualmente viciante, mas com a diferença que surfar é saudável, faz bem ao corpo e à mente, faz-nos sentir pequenos olhando com outros olhos a natureza, faz-nos sentir abençoados porque estamos vivos e podemos disfrutar assim dela. Além do mais, é uma "pedra" permanente. Sempre gostei do oceano, das paisagens marítimas, do cheiro a maresia, da calma de uma praia no inverno. De estudar em cima de uma rocha qualquer ouvindo as ondas. De fotografar tudo isto, numa tentativa de cristalizar a Beleza. Via os outros, os tais "pedrados", a debaterem-se nas ondas horas a fio e depois, já com o sol deitado e o frio insuportável, voltarem do mar com a Alegria pintada na cara. "Isto não é para mim" - pensava eu. Mas tive a sorte de conhecer a pessoa certa que me incentivou a tentar e, sem dúvida, a ousar ser mais feliz.
Naquele bocadinho, quando estou no mar, não penso em absolutamente mais nada. Sinto o equilíbrio regressar ao corpo e tenho a certeza que sairei de lá alguém muito mais sereno e confiante o suficiente para agarrar o mundo.
Já dizia o faduncho "ó tempo volta para trás". Posso parecer careta, retrógrada, saudosista... mas não me lixem, antigamente é que era! Quais Digimons, Pikaxus e Cristianos Robalos! Esta criançada de hoje em dia não sabe de todo o que é ver coisas verdadeiramente giras na televisão e ter ídolos que realmente valham a pena idolatrar. Tenho saudades da inocência, da infância prolongada, do ser-se criança. Tenho saudades a dobrar: da minha que já passou e da que foi roubada a esta geração. De quem é a culpa? Acho que de todos e de ninguém... . O nosso Camões já chegou a essa conclusão há muito tempo e quem sou eu para estar aqui a filosofar mais? "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, /Muda-se o ser, muda-se a confiança; / Todo o mundo é composto de mudança, / Tomando sempre novas qualidades." E por aí fora, dizia ele ainda. Atento o rapaz. Cego de um olho e já topava isto tudo. Ora se não há nada a fazer para fugir a esta porcaria que é crescer, resta-nos olhar para o que ficou para trás, recolher os cacos que valem a pena e levá-los connosco. Podem dar sempre jeito nas horas em que podemos.... hum... eu diria "estupidificar". É um verbo que eu adoro. Pa' próxima discorro sobre ele, mas por agora vai aqui um exemplo prático. A melhor arma de todas é a nossa memória, as nossas recordações. Rir delas ou "com" elas sozinho ou em grupo, mas rir ate doer o sistema digestivo.
E se há coisas da infância bem estúpidas e que valem a pena recordar, esta é uma delas. Por toda a sua loucura saudável, intemporalidade e universalidade, ela é uma espécie de virose contagiante que toma conta dos ouvidos e dos sentidos. Impossível não ficar incomodado. Impossível não ficar bem disposto. Impossível ficar indiferente. Estes sim, são ídolos com um hino à maneira, 'cum cantano!
Um grande Manamana 'pa esta vida cinzentona e sigaaaa!